As mangueiras de incêndio são classificadas em diferentes tipos conforme seu uso, material e pressão de trabalho. No Brasil, essa classificaçãoé regulamentada pela norma NBR 11861 da ABNT.

Tipo 1: Indicada para uso em edifícios residenciais, ou seja, locais com risco baixo de incêndio. É aquela que costuma ficar nos hidrantes de corredores de prédios.

Tipo 2: Usada em prédios comerciais ou industriais com risco médio de incêndio. É um pouco mais resistente que a tipo 1 e pode ser usada tanto por brigadas de incêndio quanto por profissionais treinados.

Tipo 3: Feita para áreas industriais com risco alto. É mais robusta, geralmente usada por brigadas especializadas ou equipes de emergência em empresas.

Tipo 4: Essa é utilizada principalmente pelos Bombeiros. É resistente à abrasão e ao calor, própria para situações mais críticas, como incêndios de grande proporção.

Tipo 5: Também voltada para uso profissional, mas com uma resistência ainda maior que a tipo 4, especialmente contra abrasão. Ideal para locais onde a mangueira vai ser arrastada por grandes distâncias ou terrenos irregulares.

A vida útil de uma mangueira de incêndio depende de vários fatores, mas existe uma orientação oficial no Brasil que serve como referência.

De acordo com a Instrução Técnica do Corpo de Bombeiros (IT-22) em diversos estados e a própria NBR 12779, a vida útil de uma mangueira de incêndio é de 5 anos, contados a partir da data de fabricação.

Mas atenção: isso não é regra fixa!

Apesar dos 5 anos serem a recomendação geral, a mangueira pode:

• Ser descartada antes dos 5 anos se apresentar falhas nos testes hidrostáticos ou estiver danificada.

• Permanecer em uso após os 5 anos, se ainda estiver em boas condições e passar nos testes periódicos exigidos.

Cuidados que aumentam a vida útil:

• Armazenar em local seco e arejado, longe do sol e de produtos químicos.

• Evitar contato com cantos vivos ou superfícies abrasivas durante o uso.

• Realizar testes anualmente (pressão, vazamentos, etc.).

• Secar bem após o uso antes de guardar.

A pressão que uma mangueira de incêndio suporta depende do tipo dela, conforme a classificação da NBR 11861. Cada tipo tem uma pressão de trabalho (mínima) e uma pressão de ruptura (máxima). Aqui vai um resumo direto e sem complicação:

Pressão de trabalho mínima (suportada normalmente em operação):

Tipo 1: 10 bar  

Tipo 2: 14 bar  

Tipo 3: 14 bar  

Tipo 4: 14 bar  

Tipo 5: 22 bar  

Esses valores indicam a pressão que a mangueira aguenta com segurança durante o uso.

Pressão de ruptura (máxima antes de estourar):

Geralmente, as mangueiras precisam suportar pelo menos 3 vezes a pressão de trabalho, então:

Tipo 1: até ~30 bar  

Tipo 2, 3, 4: até ~42 bar  

Tipo 5: até ~66 bar

Esses limites são testados em laboratório — não é pra operar próximo disso, é mais um “limite de segurança”.

Definitivamente não são todas iguais!

Embora todas as mangueiras de incêndio tenham o mesmo objetivo (combater o fogo), elas diferem bastante em materiais, aplicação, resistência, e até em como são manuseadas. Principais diferenças entre as mangueiras de incêndio:

1. Tipo (1 a 5)

Como falamos antes, os tipos variam conforme o uso (residencial, industrial, bombeiros, etc.) e a pressão suportada.

2. Material

- Sintéticas: mais leves e resistentes à abrasão.

- Com revestimento de borracha interna: mais resistentes a produtos químicos e altas pressões.

- Com dupla camada: comuns em uso profissional (ex: tipo 4 e 5).

3. Diâmetro

- Os mais comuns são 1½” (38 mm) e 2½” (65 mm), mas há variações.

- O diâmetro influencia na vazão da água — quanto maior, mais água passa, mas também é mais pesada.

4. Comprimento

- Normalmente vêm em 15, 20, 25 ou 30 metros, mas pode variar conforme o projeto.

5. Conexões

- Com engates tipo storz (mais comuns no Brasil) ou com roscas.

- Conectores de alumínio, latão ou até aço inox.

A resposta depende do tipo de instalação, do risco do local e do treinamento da pessoa. Vamos por partes:

Em edifícios residenciais e comerciais (Tipo 1 e 2):

Brigadistas treinados ou moradores/funcionários com noções básicas podem usar a mangueira.

- Em condomínios, muitas vezes os moradores usam em emergências pequenas antes dos bombeiros chegarem, desde que saibam manusear.

- Idealmente, pelo menos um funcionário (porteiro, zelador) deve ser treinado para isso.

IMPORTANTE: A pessoa deve ter conhecimento básico, como:

- Abrir corretamente o registro;

- Fazer o desenrolamento certo da mangueira;

- Direcionar o jato com segurança.

Em indústrias e áreas de risco médio a alto (Tipo 2, 3, 4 e 5):

Apenas brigadas de incêndio internas ou os próprios bombeiros devem manusear essas mangueiras.

- São mais potentes, pesadas e exigem mais técnica.

- Um erro pode causar ferimentos (pressão alta, jato descontrolado, vazamento).

Bombeiros:

Sempre que possível, a melhor opção é acionar o Corpo de Bombeiros. A mangueira do sistema predial deve ser usada só para conter o incêndio até a chegada deles, se for seguro fazê-lo.